(texto de 14 de fevereiro de 2013)
Eu diria que a busca pelo
autoconhecimento é bem dolorosa. Me pego pensando no tempo em que passei sem
saber quem eu era. Ou melhor, no tempo que passei sem querer saber. O certo é
que há algum tempo venho pensando mais sobre isso.
Observo e ouço muita gente dizer o
quanto se conhece e penso em quantas vezes eu também afirmei isso. Porém, ao me
dar conta de quanta dor isso provoca é que vejo que somente agora estou me
pondo de frente a este espelho.
O autoconhecimento causa dor por nos
levar a perceber o quanto o nosso “eu ideal” frustra o nosso “eu real”. Há muito
do meu “eu ideal” só na intenção e isso, de certa forma, me causa um mal estar.
Mal estar que eu classifico como bom, visto que ele me leva a querer deixar de
ser “eu ideal” para ser “eu real”. É um ciclo sem fim, eu sei, mas que eu não
devo deixar de querer.
Esse doloroso caminho de descoberta,
que por tantas vezes me levam às lágrimas, vem me conduzindo a algo bom, no fim
das contas. Mesmo vendo tanta coisa que (ainda) não sou ou que (ainda) não sou
capaz, vejo que há, sim, muito do que me orgulhar.
Desejo ser alguém que as pessoas que
me cercam, olhem e concluam que com boa vontade, esforço, oração, pensamentos
positivos e ousadia é possível se conquistar o que se deseja. Devagar, muito
devagarzinho, eu vou conseguindo.
Espero viver muitos e muitos anos
para contar a(s) história(s) e ensinar como se faz.
Amém!
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